O PENSADOR

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RODIN

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

OS MELHORES MÉDICOS – ANGOR ANIMI

 

Hipócrates no seu juramento, há 2500 anos, refere a obrigação do sanador guardar silêncio como se de um verdadeiro segredo religioso se tratasse, de tudo o que este viesse a ter conhecimento acerca da vida dos pacientes, quer no exercício da profissão quer fora dela e que não devesse ser divulgado segundo o senso comum.

Pena é, que alguns médicos, alguns verdadeiros fedelhos, desconheçam o senso comum.

Mais do que a terapia é o terapeuta que faz a diferença.

A maioria dos médicos alopatas são bestas-de-bata-branca, com um estetoscópio como coleira, sem empatia e compaixão para com os seus doentes.

Alguns deles, nas consultas, nem erguem os olhos para os observar.

Os melhores médicos e enfermeiros são os que serviram em cenários de guerra onde abundavam feridos graves, mutilados e moribundos.

Já Hipócrates dizia que quem quisesse ser cirurgião deveria primeiro prestar serviço como médico militar.

O cirurgião romano Galeno exerceu funções num cenário semelhante: foi médico dos gladiadores.

Certas classes profissionais para poderem demonstrar a sua sapiência e manipular o povo, utilizam termos pouco usuais para designar situações correntes. O médico diz ao seu paciente: - Bom, tem lumbago. E o desgraçado do camponês iletrado vai para casa com umas caixas de medicamentos e pensa que vai morrer. 

Quando um paciente consulta um médico e confessa com convicção de que sente a morte a aproximar-se, tal afirmação não deve ser desprezada e o clínico deve investigar o queixoso como um todo, o que não fazem.

A esta sensação chamamos angor animi – angústia da alma. 


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