Hipócrates no seu juramento, há 2500 anos, refere a obrigação do sanador guardar silêncio como se de um verdadeiro segredo religioso se tratasse, de tudo o que este viesse a ter conhecimento acerca da vida dos pacientes, quer no exercício da profissão quer fora dela e que não devesse ser divulgado segundo o senso comum.
Pena é, que alguns médicos, alguns verdadeiros fedelhos, desconheçam o senso comum.
Mais do que a terapia é o terapeuta que faz a diferença.
A maioria dos médicos alopatas são bestas-de-bata-branca, com um estetoscópio como coleira, sem empatia e compaixão para com os seus doentes.
Alguns deles, nas consultas, nem erguem os olhos para os observar.
Os melhores médicos e enfermeiros são os que serviram em cenários de guerra onde abundavam feridos graves, mutilados e moribundos.
Já Hipócrates dizia que quem quisesse ser cirurgião deveria primeiro prestar serviço como médico militar.
O cirurgião romano Galeno exerceu funções num cenário semelhante: foi médico dos gladiadores.
Certas classes profissionais para poderem demonstrar a sua sapiência e manipular o povo, utilizam termos pouco usuais para designar situações correntes. O médico diz ao seu paciente: - Bom, tem lumbago. E o desgraçado do camponês iletrado vai para casa com umas caixas de medicamentos e pensa que vai morrer.
Quando um paciente consulta um médico e confessa com convicção de que sente a morte a aproximar-se, tal afirmação não deve ser desprezada e o clínico deve investigar o queixoso como um todo, o que não fazem.
A esta sensação chamamos angor animi – angústia da alma.
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