Nasceu em princípios do século II, na Palestina. Pode ser considerado o fundador da Patrística, e é um apologeta – padre que defendia o cristianismo dos ataques desferidos.
As velhas escolas filosóficas não o satisfazem. Os estóicos desconhecem Deus, os peripatéticos desejam com elevada intensidade os bens materiais, as coisas do mundo, os pitagóricos são meramente teóricos, e os platónicos excedem-se nas suas especulações. Considera que o cristianismo é a única filosofia absolutamente segura e útil, lugar onde se realiza a Verdade.
A razão é o Verbo de Deus: “Nós aprendemos que Cristo é o primogénito de Deus, e que é a razão de que participa todo o género humano. E aqueles que viveram segundo a razão são cristãos, ainda que tenham sido considerados ateus como, entre os Gregos, Sócrates, Heraclito e outros; e entre os bárbaros, Abraão e Ananias e Azarias e Misael e Elias. De modo que também aqueles que antes nasceram e viveram irracionalmente eram maus e inimigos de Cristo e assassinos daqueles que vivem segundo a razão; mas aqueles que viveram e vivem conformes com a razão são cristãos impávidos e tranquilos”.
Deus é eterno, e eterno é o que não teve princípio nem terá fim. É algo de inexplicável. Imediatamente a seguir, apresenta-se-nos o Logos, gerado antes da criação e por intermédio do qual aquele criou e ordenou tudo o que existe. Depois de Deus Pai e do Logos, está o Espírito Profético, que produz no homem, quer a virtude quer os inúmeros dons proféticos.
A alma humana é por vontade de Deus, imortal. Imortalidade de que o corpo acabará por participar quando da segunda parusia de Cristo, momento em que os corpos ressuscitarão – aos justos serão concedidos os bens celestes, enquanto que os iníquos serão condenados ao fogo eterno para todo o sempre.
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