Séc. V a.C.
Terá nascido em Abdera no ano de 485 a.C. e falecido em 410. Era familiar de Péricles.
Protágoras, discípulo de Demócrito, viajou muito e foi um dos sofistas – os sofistas ensinavam a troco de dinheiro –, tal como Górgias e Pródico de Ceos. Os sofistas ensinavam aos jovens coisas úteis para a vida prática, mormente a arte de discursar em tribunal.
São muito poucos os fragmentos da obra de Protágoras. No entanto, para o conhecimento da sua especulação, poderemos sempre contar com o testemunho de Platão.
Conta-se que Protágoras ensinou um jovem com a condição de ser pago caso este ganhasse o seu primeiro litígio. Ora, foi o próprio Protágoras que lhe moveu uma acção para poder ser ressarcido do montante estipulado para ensinar o dito discípulo...
Terá sido o primeiro a sustentar que um orador pode efectuar dois discursos perfeitamente contraditórios sobre o mesmo tema, método que utilizou.
O homem é a medida de todas as coisas, das que existem e das que estão na sua natureza, das que não existem e da explicação da sua inexistência.
Escreveu um livro, com o título, Dos Deuses, dizendo nada poder afirmar relativamente a tal questão. Nem afirmar nem negar a sua existência ou a sua forma, em virtude de muitos serem os impedimentos, entre eles se contando, quer a obscuridade do assunto quer a brevidade da vida humana.
Esta sua indiferença para com os deuses, que deveriam ser olvidados, atenta a nossa incapacidade para atingir quer a sua existência quer a sua essência, fez com que fosse condenado à morte por impiedade, acabando por fugir de Atenas.
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