O PENSADOR

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RODIN

domingo, 18 de janeiro de 2015

LOCKE - O APÓSTOLO DA REVOLUÇÃO DE 1688 - A TOLERÂNCIA RELIGIOSA




Locke nasceu em 1632 e faleceu em 1704. É considerado o apóstolo da revolução de 1688.

Algumas obras:

Carta sobre a Tolerância – O Estado deve ser laico e todas as religiões devem ser admitidas. O homem deve ser livre, quer na sociedade civil quer na religiosa.

Ensaio sobre o Entendimento Humano – Obra dividida em quatro livros. O Livro I é uma crítica das ideias inatas, o II trata das ideias complexas que surgem a partir das simples, o III das funções da linguagem e o IV estuda os poderes do entendimento humano.

Cristão, afirma por vezes que o testemunho da revelação é da certeza mais alta, para depois considerar que a revelação deve ser julgada pela razão. 

Defendeu a tolerância em todos os seus aspectos, nomeadamente a liberdade religiosa. É um crítico de Descartes. 

Empirista, influenciado por Hobbes, não atribui à razão os mesmos atributos daquele. Dá a primazia ao conhecimento intuitivo – que nos dá a resposta imediata ao facto do branco não ser negro e de que 4 é mais do que 2. Conhecemos a nossa própria existência por intermédio da intuição, de Deus por meio da demonstração e das coisas sensíveis por meio da sensação.
A realidade dos objectos é conhecida pela sensação. Não é a ideia que nos dá o conhecimento da coisa, mas antes esta, que produz a ideia em nós, já que não é forçoso que a existência de uma ideia no nosso espírito demonstre a existência do objecto dessa ideia – tal como a fotografia de um homem não demonstra que está vivo e pode ser objecto de percepção.
Apesar do conhecimento das coisas exteriores não ser tão certo como o que temos de nós mesmos – conhecimento intuitivo –, não deixa de ser conhecimento.

No que a Deus respeita, adopta com algumas correcções o argumento causal, considerando que do nada nada advém. Se algo existe, e existe, porque tenho um conhecimento intuitivo da minha existência, é como consequência de qualquer outra coisa. Na impossibilidade de ascendermos ao infinito, somos forçados a admitir que um ser eterno gerou todas as coisas cuja existência é indubitável. Ser eterno, que produziu pela sua inteligência o homem e todas as forças que agem na natureza, sendo obviamente mais inteligente do que toda a criação. Deus, é pois, eterno, omnipotente, inteligentíssimo.
Apesar de tudo – dos limites reais e imperfeições da razão –, a fé, que se fundamenta na revelação, não a dispensa, mas é a razão que a contém nos seus devidos limites. A luz do espírito é a evidência que a razão atribuiu a uma determinada proposição, razão essa, que deve ser quer o nosso juiz, quer o nosso guia.

Admite que a cultura é um bem, mas que é preferível ser-se virtuoso a erudito – muito estúpido será quem não estime mais um homem virtuoso do que um grande erudito.




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