O PENSADOR

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RODIN

sábado, 17 de janeiro de 2015

LUTERO - A REFORMA DO CRISTIANISMO - NÃO HÁ LIVRE ARBÍTRIO




Martinho Lutero nasceu no ano de 1483 e faleceu em 1546. É o mais acérrimo defensor da renovação ou reforma do cristianismo, mediante o regresso às suas fontes, à pureza do cristianismo primitivo.

Baseando-se nos Evangelhos, põe em causa as tradições da Igreja. Só o retorno à palavra de Cristo é válido, e assevera tal como S. Paulo que o justo viverá pela sua fé. Viver pela fé, implica negar a justificação desta pela razão, “que é a mais encarniçada e pestífera inimiga de Deus”.

Pela fé, o homem abandona-se integralmente à vontade divina, renunciando a toda a investigação. Compreende-se deste modo, que o único filósofo que não foi alvo dos seus violentos ataques tenha sido Guilherme de Occam – que a exclui da investigação filosófica por irracionalidade –, e que curiosamente denominou sofistas a todos, desde Aristóteles a S. Tomás de Aquino.

Reduziu os sacramentos a três, por apenas terem estes sido instituídos por Cristo: baptismo, penitência e eucaristia.

Com o De Servo Arbitrio, respondeu ao De Libero Arbitrio de Erasmo, defendendo o contra-senso de ser simultaneamente admitida a liberdade divina e a humana. Tudo o que acontece é porque Deus assim o quer, fruto da sua presciência e predeterminação. Quer o bem quer o mal, a salvação e a condenação, têm a sua origem em Deus. É pois, Deus, omnipotente e omnisciente que tudo ordena, tudo sendo produzido pela sua vontade, o que não deixa obviamente campo de acção ao livre arbítrio. 




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