O PENSADOR

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RODIN

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A LEI DEVERÁ ESPELHAR A MORTE




Como a balança que pesa indiferentemente ouro e ferro, assim deveria ser a justiça.
Os magistrados não devem procurar a fama, expondo-se ou o que também é usual, “escondendo-se” tal damas recatadas ou santinhos de clausura. A corrupção em troca da fama, não deixa de ser corrupção.
A lei deverá espelhar a morte: não beneficiar ou excluir seja quem for. Não pode ser cega como a prostituta, nem impotente como criança que desconhece o uso da espada, nem tão-pouco asténica, enjeitando o peso da balança como consequência de membros mirrados. 

Um homem poderoso entrou algemado no tribunal da cidade de Nova Iorque. Os seus amigos, em França, revoltaram-se porque o seu tratamento não difere de um vulgar criminoso. Esquecem-se de que o delito é como a morte: nivela os homens onde a justiça funciona.

Mas há países sem escrúpulos onde os governantes dizem: “acabou-se a impunidade!”. Estultos! Nesse país onde mais de 20% dos cidadãos vive na pobreza e uma avultada percentagem na miséria, podemos perguntar: “Quantos de vós não quereis ir para a prisão por um ou dois anos, nas mesmas condições em que autarcas e outros políticos, percepcionando à saída montantes idênticos aos que amealharam por corrupção, compadrio e aproveitamento próprio e de que usufruem pacífica e publicamente depois de serem libertados? Irei mais longe, não vos iria oferecer 5, 20 ou 80 milhões de euros, mas apenas 1 ou 2? Nestas condições quantos quereis ir para a prisão? Provavelmente bem mais do que 90% da população deste portugal-do-faz-de-conta iria aceitar esta proposta.
Então, terminou a “impunidade”? Tenham dó.
A corrupção é um mal mundial, mas a “impunidade” é um mal português e de outros países do Segundo Mundo B). Deixemos o “Terceiro”, que para mal já nos basta o nosso, e não venham alguns delinquentes-governantes e de além mar afirmar com convicção histórica: “Foi convosco que aprendemos!”. 




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