O PENSADOR

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RODIN

sábado, 17 de janeiro de 2015

JOÃO DUNS ESCOTO - DOUTOR MARIANO




Duns Escoto nasceu em 1266. Entrou para a Ordem dos Franciscanos no ano de 1281 e foi ordenado em 1291.  Faleceu em 1308.
Foi um filósofo que exerceu considerável influência nos séculos seguintes.

Escreveu pouco, e as suas doutrinas estão expendidas fundamentalmente nos comentários que fez às sentenças de Pedro Lombardo.
Opus Oxoniense é uma compilação das suas lições proferidas em Oxford, que contém o seu comentário às Sentenças de Pedro Lombardo.

O Tratado do Primeiro Princípio, foi escrito por Escoto no final da sua vida, e contém a síntese da sua doutrina.
Nele procura demonstrar a existência de Deus como primeiro princípio, enunciar as suas qualidades, e determinar a sua infinitude, para além de insistir na absoluta liberdade do Ser supremo.

Contestou S. Tomás, sustentando que a teologia e a filosofia são disciplinas diversas, apenas necessitando aquela, dos instrumentos desta.

A percepção dá-nos um conhecimento imediato e directo dos indivíduos, sendo neste particular desnecessária a revelação divina. Cada indivíduo e coisa têm em si uma essência única, que faz com que sejam precisamente esse indivíduo ou coisa e não outra.

O conhecimento pode ser obtido pela razão natural, e pede a Deus que lhe conceda tal dom.

Fé e ciência são antagónicas: a visão que se segue ao crer não é uma visão especulativa, mas prática.

Da fé fazem parte um conjunto de proposições que não nos é permitido demonstrar, nomeadamente a natureza e atributos de Deus, bem como a imortalidade da alma. Em bom rigor, sem a luz de Deus nada pode ser conhecido.

Sustentava a doutrina do livre arbítrio.
Defendeu a doutrina da Imaculada Conceição, tornada dogma da Igreja Católica no ano de 1854, o que lhe valeu o cognome de “Doutor Mariano”.




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